INÊS BRAGA EM 10 PERGUNTAS

1ª Como foi para ti participar na Taça dos Campeões Europeus em Portugal?
Foi prejudicial, comparativamente com todas as outras participações já efectuadas. O único aspecto positivo foi sem duvida o apoio do público. O factor casa só favorece quando efectuado com todas as condições e relevância que uma equipa deve ter durante a competição que foi neste caso Taça dos Campeões Europeus.

2ª Quais os aspectos positivos e negativos que retiras desta participação?
É mais uma experiência a retirar, reconhecemos que as nossas capacidades não são poucas, dado o modo como nos debatemos em alguns jogos, mas ainda há muito a percorrer como equipa. Resultados possíveis de atingir, não foram alcançados por pequenas falhas, que nem toda a gente percebeu, por parte de toda a equipa que esteve presente nesta competição.

3ª Onde achaste que a tua equipa podia ter estado melhor? E porquê?
A nível físico e de concentração. A nível físico por poucas horas de treino para o nível a jogar e a nível de concentração talvez pelo facto de a equipa não ter estado reunida durante toda a competição.

4ª Achas que a médio prazo alguma equipa portuguesa poderá entrar no grupo da elite Europeia? Como? E porquê?
Não acho impossível, se sempre que haja a oportunidade de se participar em competições internacionais, se participe e haja apoio para tal por parte dos clubes. As equipas acabam por ganhar experiência todos os anos, perceber melhor o nível internacional e o que falta para lá chegar e criar grande competitividade a esse nível. Dando também a oportunidade a atletas que não representam o país a nível de selecção nacional, de serem confrontadas com nível internacional e retirar experiências enriquecendo o nível do campeonato português.

5ª Existe a possibilidade de jogares outra vez no estrangeiro?
É uma hipótese nunca posta a parte.

6ª Na tua opinião qual a razão de falta de atletas femininas em Portugal?
O pólo aquático não é um desporto fácil, requer muito tempo de treino para conseguir praticá-lo e evoluir como atleta. Requer também espírito de sacrifício. Obviamente a falta de apoio por parte dos clubes é um factor grave, e faz com que o número de atletas femininas seja escasso. Pouco conhecimento e sabedoria da modalidade em Portugal, também influenciam nesse número escasso, assim como a fraca mentalidade desportiva, juntamente com a falta de apoio, leva à desistência das atletas ao atingirem o escalão sénior.

7ª Até onde queres ir como atleta.
Sendo realista não coloco de parte chegar ao campeonato de Europa A, e chegar ao Mundial, a nível de selecção nacional. A nível de clubes, pretendo passar uma fase de uma competição internacional, quer na liga dos clubes campeões europeus, quer na taça LEN.

8ª Para ti o Pólo Aquático Português está a evoluir ou está estagnado?
Está a evoluir a nível de apoios por parte da Federação Portuguesa de Natação, mas já teve dias melhores.

9ª Quais as perspectivas para a Taça LEN em Janeiro?
Obter os melhores resultados possíveis em cada jogo. Dado que o grupo só nos tem (CFP) como equipa amadora.

10ª Uns conselhos para as atletas mais novas que estão agora a começar no Pólo Aquático.
Sem treino e espírito de sacrifício é difícil chegar a algum lado. Por isso, treinem o mais possível, aprendam ao máximo sobre o jogo e queiram saber sempre mais. Não maltratem o desporto e interessem-se por saber tudo a cerca desta modalidade tão bonita e interessante que é o Pólo Aquático (bonita e interessante quando levada a sério e praticada a sério).